Evangelho do dia: Não podemos colocar limites para o amor

13/03/2012 - 0:00 - UCDB

Fonte: Pró-Reitoria de Pastoral

Veja as últimas notícias da UCDB para você que está interessado em UCDB

“Na tarde da Páscoa, o Senhor Jesus apareceu aos seus Apóstolos e disse-lhes: ‘Recebei o Espírito Santo: àqueles a quem perdoardes os pecados ser-lhes-ão perdoados; e àqueles a quem os retiverdes ser-lhes-ão retidos’” (Jo 20,22-23).

Quem peca, ofende a honra de Deus e o seu amor, ofende a sua própria dignidade de homem chamado a ser filho de Deus, e ataca o bem-estar espiritual da Igreja, da qual cada fiel deve ser pedra viva.

Voltar à comunhão com Deus, depois de a ter perdido pelo pecado, é um movimento nascido da graça do mesmo Deus misericordioso e cheio de interesse pela salvação dos homens. Deve-se pedir esta graça preciosa, tanto para si mesmo como para os outros.

Esses ensinamentos do Catecismo da Igreja católica servem para iluminar a nossa meditação sobre o evangelho de hoje, tirado de Mateus 18,21-35, no qual Pedro chega e pergunta a Jesus sobre quantas vezes se deve perdoar o irmão que peca contra nós.

Jesus lhe explica que o perdão não pode ser dado apenas sete vezes, mas setenta vezes sete, ou seja, um perdão pleno. E, então, Jesus conta a parábola do homem que foi perdoado de uma dívida e apenas saindo da casa daquele que o perdoou foi incapaz de perdoar a alguém que devia bem menos para ele. O patrão ficou indignado e mandou o homem para a prisão.

E Jesus conclui: “É assim que o meu Pai que está nos céus fará convosco, se cada um não perdoar de coração ao seu irmão”.

As palavras de Jesus presentes no evangelho de hoje ensinam que o perdão deve ser a característica dos discípulos. O nosso perdão deve ser incansável, e é talvez por isso que é mais difícil. Muitas vezes, conseguimos mal e parcamente perdoar o nosso irmão ou irmã, dando a entender que não haverá outra chance.

Para nós é muito difícil perdoar sempre, de novo, como se fosse a primeira vez. É muito difícil ter paciência o suficiente e também um amor tão grande para olhar sempre com a mesma confiança para a pessoa que precisa ser perdoada duas, dez, mil vezes. O nosso coração foi feito assim: infelizmente, nós colocamos limite para o nosso amor.

O amor de Deus, ao contrário, é infinito. Deus nos perdoa sempre e nós sabemos que ele tem milhões de razões para isso. O desejo de Deus que arde dentro de nós a partir do momento em que recebemos a sua misericórdia, apenas quer nos ensinar a ser misericordiosos com os nossos irmãos. As ofensas que devemos perdoar aos irmãos serão sempre menos importantes do que aquela que Deus nos perdoa. Pense nisso!

(Fonte: La Chiesa)