09/12/2009 - 0:00 - UCDB
Fonte: Pró-Reitoria de Pastoral
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Em nossa caminhada rumo ao Natal, nós vamos contemplando a face de Jesus, que se revela de diversos modos. Ele cura, multiplica os pães e os peixes, perdoa os pecados, acolhe os marginalizados. Diante das dificuldades, Ele tem compaixão das pessoas porque elas estão perdidas, desorientadas, como ovelhas que não têm pastor. O povo, além das doenças, dos problemas financeiros, devia, ainda, se sujeitar, no seu tempo, a um sistema religioso que, ao invés de libertar, trazia opressão, medo, insegurança, desesperança.
Hoje, não estamos diante de um quadro muito diferente daquele do tempo de Jesus. Há muitas religiões, mas pouca libertação. Aliás, a religião virou produto de supermercado. Trata-se de um mesmo produto provindo de fábricas diferentes. Quando tiramos o seu invólucro, não observamos a data de fabricação, o prazo de validade do produto e o seu verdadeiro valor. Só quando ele provoca em nós os efeitos colaterais é que percebemos que fomos enganados. Infelizmente, não temos a quem recorrer, senão ao próprio Deus.
O evangelho de hoje, de Mateus 11,28-30, diz que Jesus falou para o povo o seguinte: “Vinde a mim todos vós que estais cansados e fatigados sob o peso dos vossos fardos, e eu vos darei descanso. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração, e vós encontrareis descanso. Pois o meu jugo é suave e o meu fardo é leve”.
Para chegar a falar isso, Jesus conviveu com o seu povo. Seu estilo de vida atraiu as multidões, mas provocou questionamentos tanto nos líderes políticos como religiosos de sua época. O povo percebeu em Jesus a realização das promessas que Deus havia feito no passado pelos profetas. Foi como se, de repente, a liberdade conquistada no deserto voltasse ao imaginário de cada habitante de Israel. O povo voltou a ter a sede de liberdade e de vida que corria em suas vidas.
Porém, para alcançar a libertação da opressão, o povo precisava romper com as cadeias da tradição religiosa e espiritual que era obrigado a carregar. Para isso, bastava uma coisa: optar por seguir Jesus. Ele mesmo fez o convite: “Vinde a mim todos vós que estais cansados e fatigados sob o peso de vossos fardos, e eu vos darei descanso”.
Infelizmente, a sociedade de Israel estava acostumada com os exílios, os retornos da Babilônia, da Assíria. Deus jamais tinha se esquecido do seu povo. As lideranças religiosas mantinham o povo sob um regime fechado no qual transitavam os mandamentos de Deus e as interpretações dos homens. A maior parte do povo preferiu continuar sob o peso da escravidão não de fora, de um país estrangeiro, mas dos próprios líderes religiosos.
Quem aceitou entregar o próprio fardo a Jesus começou uma vida nova. Ele veio ao encontro de nossas fraquezas e nos ensinou como nos libertar da ganância, injustiça e pecado daquele tempo e também de hoje. Cabe aos cristãos se unirem para que possam se ajudar a libertar dos tantos fardos aque ainda pesam pesam sobre nós.
Se Israel esperava por um profeta ou por um Messias para realizar a transformação que a sociedade necessitava, os cristãos não precisam esperar por mais nada. Já temos Jesus, que está sempre nos convidando a ir até Ele, a fim de que possa aliviar e consolar as nossas almas. O Senhor vem diretamente ao encontro da nossa fraqueza, trazendo-nos a força da esperança para sermos capazes de aguardar a sua vinda sem desfalecermos.
Este evangelho é um convite a todos nós a não ficarmos de braços cruzados diante dos sofrimentos dos nossos irmãos e irmãs. Nestes dias, muita gente perdeu suas casas por causa da chuva e dos temporais. As primeiras comunidades viviam unidas na oração, na fração do pão e no ensinamento dos apóstolos. Eis que ninguém entre eles passava por necessidades. Os cristãos devem criar uma corrente de solidariedade para ajudar as pessoas que estão sofrendo devido aos cataclismos que ocorrem devido à destruição que o ser humano provoca na própria natureza. Na solidariedade, nós nos assemelhamos a Jesus ajudando os nossos irmãos sofredores a carregar o fardo pesado da perda, da desilusão e da falta de esperança.
Na nossa caminhada para o Natal, sejamos solidários com os que sofrem, que passam fome ou que vivem na solidão.
Evento será realizado no auditório do bloco M
Evento será realizado em sala de aula no bloco A