04/01/2010 - 0:00 - UCDB
Fonte: Pró-Reitoria de Pastoral
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Quando ouvimos falar que algum parente próximo de nós morreu, ficamos sentidos e queremos consolar os que mais sofrem com a perda. Não é fácil assimilar uma situação difícil como a morte. O pior é quando nós nem podemos chegar perto dos entes queridos para ajudá-los, porque corremos o perigo de sermos expostos ao poder da violência que os outros podem nos trazer.
Jesus se sentiu assim quando seu primo João Batista morreu. Segundo Mateus 4,12-17.23-25, assim que soube da morte de João Batista, Ele deixou Nazaré e foi morar em Cafarnaum, uma cidade que ficava à beira do mar. Para Mateus, essa mudança tinha um sentido bíblico importante. A cidade de Cafarnaum era um ponto de ligação entre o mundo judaico e o mundo pagão. Com a sua ida para lá, Jesus trouxe para os pagãos a luz de que eles necessitavam para fugir das trevas.
Foi em Cafarnaum que Jesus começou a sua pregação. Ele dizia: “Arrependei-vos, porque o Reino de Deus está próximo!”. Mesmo sabendo do perigo que corria, Jesus andava pela Galileia pregando nas sinagogas e fazendo milagres: curava todas as doenças e enfermidades do povo, de tal forma que sua fama logo se espalhou por todos os lados. Por isso, era procurado tanto pelos judeus – que vinham de Jerusalém, da Decápole, da Judeia e do Além-Jordão –, quanto pelos pagãos, que vinham da Síria, para que Ele curasse os seus parentes doentes e possessos.
Jesus não pode consolar os parentes e os discípulos de João Batista, porém, diante da ausência do seu precursor, logo começou a sua atividade missionária. Com isso, Ele consolava o povo marginalizado, trazia esperança para aqueles que acreditavam estar amaldiçoados por Deus, conforme ensinava a religião corrente, e abriu caminho para que os que não fossem judeus também pudessem saber que Deus não discrimina ninguém, pois todos são seus filhos de uma maneira ou de outra.
Foi por conta dessa atividade itinerante de Jesus e também por causa do seu ensino que Ele ficou conhecido. Nesta semana após a Epifania, Jesus nos convida a olhar para o nosso interior. O Natal jamais deve passar em nossas vidas. Ele tem sempre que nos provocar, porque não fala de riqueza, de prepotência, de violência ou de ostentação. Ele fala de simplicidade, de amor, de espírito de família, de acolhida e de alegria.
Olhar para o interior, segundo Jesus, é fazer uma profunda reflexão sobre as nossas motivações pessoais, as nossas relações familiares, sociais e comunitárias. Em outras palavras, Jesus nos diz que devemos nos converter. Converter-se é sintonizar a própria vida na onda de Deus; é ver como Deus age para agir como Ele. Quem age como Deus, acolhe, ama, consola, acompanha, não deixa ninguém ficar desamparado.
Para Jesus, esses valores não têm fronteira. Devem atingir não somente os cristãos católicos, mas também os evangélicos, os espíritas, os muçulmanos, os budistas e qualquer pessoa, independentemente da religião que ela siga. E Jesus fez isso porque queria mostrar à humanidade o verdadeiro rosto de Deus. Ele colocou ao nosso lado irmãos que devemos amar, independentemente daquilo que acreditamos.
O amor supera qualquer fronteira, quando se trata da salvação do ser humano. Deus nos mostrou isso rompendo a esfera do divino para vir morar entre nós, assumindo o nosso corpo mortal. Nós precisamos romper a esfera do simplesmente humano para aprender com Deus como se faz isso. A nossa primeira atitude para alcançarmos essa graça é acompanhando Jesus em sua caminhada no meio da humanidade. Estejamos atentos ao que Ele nos diz: “Convertei-vos! Eu estou em vós!”. Essa é a maior consolação que o ser humano pode aprender e receber de Jesus e levá-la ao seu próximo.
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Evento será realizado no auditório do bloco M
Evento será realizado em sala de aula no bloco A