Evangelho do dia: O amor é o distintivo da autenticidade cristã

01/04/2010 - 0:00 - UCDB

Fonte: Pró-Reitoria de Pastoral

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Não podemos guardar somente para nós a alegria, a dor e a felicidade que se celebram nesta Quinta-Feira Santa. Aliás, toda a Semana Santa é “a semana” que pode ser considerada como “o dia do Senhor”: o dia no qual Deus, sem véus, não somente doa a sua Presença a nós e desvela a verdade de todos, mas também a “Semana Santa” da qual tem origem o mundo novo, ou deveria ser assim para quem de verdade segue Jesus.
São tantos os relatos e palavras de Jesus naquele canto de paraíso, que era o Cenáculo ontem e a Igreja hoje. A Igreja tem dois momentos importantes. O primeiro momento é o da manhã, na qual o bispo reúne todos os seus sacerdotes, para celebrar a necessária e maravilhosa comunhão que deve uni-los, “como somos um” (João 17,22).
É de fato o dia do “sacerdócio”, ou seja, de Cristo que nos salva mediante os seus ministros. E isso acontece em todas as Catedrais, na solene missa “do Crisma”, ou seja, de bênção dos óleos: dos enfermos, dos catecúmenos (que se usa no batismo) e do Santo Crisma, para as “consagrações” dos bispos, dos padres e dos crismandos. É o momento no qual deveria ser visível aquilo que Jesus pedirá: “Pai Santo, guarda-os em teu nome, o nome que me deste, para que eles sejam um, como nós somos um” (Jo 17,11).
O outro momento importante se dá no início da noite. Nele, temos a solene celebração da Missa chamada de “Ceia do Senhor”, ou seja, a instituição da Eucaristia: “A seguir, tomou o pão, deu graças, partiu-o e lhes deu, dizendo: “Isto é o meu corpo, que é dado por vós. Fazei isto em memória de mim!” (Lc 22,19).
Depois da Missa, Jesus se retira para o Getsêmani, para a sua agonia: e aquele seu escondimento é interpretado como “o sepulcro”; daí a visita aos sepulcros, que, a partir daquele momento, é visita e adoração, ou seja, vigiar com Ele na sua agonia do Getsêmani.
Na Santa Missa se usa, seguindo o exemplo de Jesus, cumprir o rito do lava pés, para recordar que “o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a vida em resgate por muitos” (Mt 20,28). E o presidente da celebração amarra o avental, como que para lembrar a todos nós, do Papa ao último, que amar é servir. Um avental que se todos idealmente vestissem, da política à economia, à família, onde quer que seja, de fato tudo mudaria.
É, de fato, o testamento do amor, feito “carne e alimento”, amor feito serviço e, enfim, feito modelo de vida, que Jesus entrega aos seus, até o fim do mundo. Um testamento que está em nossas mãos.
“Eu vos dou um novo mandamento: amai-vos uns aos outros. Como eu vos amei, assim também vós deveis amar-vos uns aos outros” (Jo 13,34), disse Jesus naquela noite e hoje. Disse Paulo VI: “Ainda se fala de amor, mas desta vez o amor deve partir de nós. O amor recebido de Cristo deve seguir o nosso, voltado para os nossos irmãos, para todos: para a comunidade que se reúne ao redor dEle na Eucaristia, para a reuniões ocasionais: um amor, acrescento, que se deixa achar pronto a doar-se ‘pelas estradas da vida’, onde estão todos os homens e iluminá-los com um sorriso, com nossa ajuda. Este ‘como vos amei’ dá vertigens. Chama a nossa atenção por que não amamos jamais o suficiente. Chama a nossa atenção para o fato de que a nossa profissão de amor cristão está apenas começando. Chama a nossa atenção também para o fato de que o preceito da caridade contém em potência desenvolvimentos que nenhuma sociologia é capaz de igualar... E, para nos estimular, e talvez para nos reprovar, dos lábios suaves e tremendos de Jesus chovem essas outras inesquecíveis palavras sempre sobre o amor: “Nisto saberão todos que sois os meus discípulos: se vos amardes uns aos outros” (Jo 13,35). O amor, portanto, é o distintivo da autenticidade cristã” (Paulo VI, Quinta-Feira Santa de 1968).
Em uma época na qual parece que o amor não seja mais o centro do homem, a sua grandeza, a sua alegria, criando aquele vazio que faz mal porque gera solidão, existe, de fato, a necessidade, e logo, que todos atinjamos, partindo dos mistérios da Quinta-Feira Santa, esse dom do céu, que é, pois, a razão profunda pela qual Deus nos criou.
Todos nós sabemos que somos tentados por tantas formas de egoísmo, talvez não sabendo que toda forma de egoísmo é como fechar as portas do coração para não deixar entrar a luz: é bater as portas na cara dos irmãos: mas, sobretudo, é provar daquela fraqueza da alma que é a nossa grande pobreza interior.
A Quinta-Feira Santa é, de fato, o dia no qual Jesus bate na nossa porta e nos chama. Todo este dia, vivido espiritualmente, nos ajuda a receber o Pão do Céu na Missa e a vontade transmitida por Deus de fazer-nos amar e amar. Faltaremos a esse encontro?

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