Evangelho do dia: O encontro que todos deveriam ter

Veja as últimas notícias da UCDB para você que está interessado em UCDB

Quem já assistiu a um julgamento, mesmo que pela televisão, pôde ver como o promotor e os advogados de defesa trabalham cada detalhe do que vão perguntar tanto às testemunhas quanto ao réu. Às vezes, o julgamento já está pendendo para a absolvição, mas, na última hora, o réu diz a palavra que o joga de novo na teia da aranha. Numa hora dessas, até o crime que parecia perfeito sofre uma reviravolta.

O evangelho de hoje, de Marcos 12,13-17, diz que as autoridades enviaram fariseus e herodianos para testar Jesus. Perguntaram a Jesus se era permitido ou não pagar impostos ao imperador. Percebendo que queriam apanhá-lo em sua armadilha, Jesus, de posse de uma moeda, perguntou de quem era a imagem que estava gravada nela. Disseram que era do imperador. Então, Jesus lhes disse para dá-la ao imperador, e a Deus o que é de Deus. Jesus disse a palavra certa, na hora certa e, ao invés de incriminá-lo, os fariseus e os partidários de Herodes saíram admirados daquele encontro.

O que estava em jogo para as autoridades religiosas de Jerusalém não era o imposto a ser pago ao imperador, mas a relação entre Jesus e Deus. Essa relação perturbava os sumos sacerdotes porque os milagres de Jesus desafiavam a sua fé. Quando perceberam que estavam perdendo terreno, passaram, então, a atacar Jesus de outra forma. Ele devia responder pelos seus atos como cidadão não em relação a Israel, mas ao império romano. A resposta de Jesus alcançou as duas coisas. Como cidadão podia pagar o imposto a César e como homem de fé, somente devia responder a Deus pelos atos que realizava.

Advogado que se preza e jurados competentes sempre descobrem onde está a verdade e são capazes de deliberar sobre ela. Foi o que aconteceu com os fariseus e os herodianos. Eles apenas comprovaram que Jesus não julga de qualquer maneira e também quando decide algo, Ele o faz com os critérios divinos e não humanos.

Rezemos hoje para que os cristãos sejam verdadeiros cidadãos da terra e verdadeiros cidadãos do céu. Dessa forma, teremos o próprio Jesus como nosso advogado diante das ciladas que o mundo de hoje nos arma.