16/02/2012 - 0:00 - UCDB
Fonte: Pró-Reitoria de Pastoral
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O dia a dia de Jesus está sempre cheio de pessoas que buscam por ele. São pessoas que querem ser curadas, mesmo que apenas tocando na barra co seu manto.
Ele não se nega a ninguém. Ele não olha o cansaço que certamente o acomete. Cada gesto que faz, cada palavra que pronuncia é para curar o povo que, com fé simples e sincera, pede uma cura, busca nele um sinal divino de que tem necessidade.
É isso que vemos Jesus fazer no evangelho de hoje, de Marcos 6,53-56. Por ele, é fácil imaginar Jesus caminhando pela Galileia, pela Judeia e Jerusalém. Ele vai pelas estradas da terra para curar e purificar qualquer em qualquer lugar, em cada casa, enquanto caminha.
Será que nós conseguimos imaginar as dificuldades que tal missão traz?
Às vezes me pergunto sobre quanto cansaço Jesus pode ter tido, mas ele sempre foi incapaz de se negar a atender a alguém, esteve sempre disposto a anunciar, a curar, a perdoar, a restabelecer moralmente os corações e as almas necessitadas do seu amor. No entanto, o evangelho fala também do seu cansaço.
Então, creio seja justo lembrar esse cansaço, um cansaço que é fruto de sua dedicação para conosco, filhos de Deus e seus irmãos, completamente dedicado à nossa salvação à nossa cura interior e exterior.
Este evangelho nos ensina que o cristão de verdade não pode ficar parado. Ele nunca pode dizer que já cumpriu com a sua missão, pois deve estar sempre a caminho, sempre se lançando rumo a novos trabalhos, prestando atenção aos apelos que a realidade faz, buscando superar novos desafios e obstáculos, sempre olhando com misericórdia os irmãos e irmãs, procurando conhecer os seus problemas e necessidades e sendo para todos a manifestação do amor de Deus que responde ao clamor dos seus filhos e filhas.
Por isso, quando terminamos uma etapa da caminhada, devemos iniciar outra imediatamente, pois a proposta do Reino exige isso.
O cristão é como a dona de casa que, depois de um dia de trabalho fora, ainda encontra tempo para fazer a comida, lavar a roupa, conversar com os filhos. E faz isso porque ama, quer cuidar e fazer com que tudo esteja bem na sua família. Foi essa a maneira que Jesus encontrou para dizer que ama e que cuida da humanidade.
Ruth Pavan e José Licínio Backes apresentam pesquisas financiadas pelo CNPq