Evangelho do dia: O infiltrado

29/04/2010 - 0:00 - UCDB

Fonte: Pró-Reitoria de Pastoral

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O filme The Departed, ou “Os Infiltrados”, português, estrelado por Leonardo DiCaprio, Jack Nicholson e Matt Damon, entre outros grandes atores, fala que o policial Billy Costigan (Leonardo DiCaprio) se infiltra numa das facções da máfia, comandada por Frank Costello (Jack Nicholson), para ajudar a polícia a desbaratar o crime organizado na cidade de Boston. A máfia também tem um infiltrado na polícia na pessoa de Collin Sullivan (Matt Damon), que até consegue ganhar algumas promoções dentro da corporação. Tanto Sullivan quanto Costigan têm apenas uma angústia: a vida dupla que levam é estressante na busca de informações. A partir do momento que a máfia e a polícia descobrem a existência dos espiões, ambos passam a correr risco de morte.

Judas foi sempre uma figura ignominiosa, ou seja, sequer digna nem de dó a partir da perspectiva dos evangelhos, porque traiu Jesus. Algumas tentativas de interpretação de sua atividade, segundo documentário do History Channel, colocam-no como possível infiltrado no grupo de Jesus, mesmo que isso não seja comprovado por qualquer texto.

Segundo o texto do evangelho de hoje, de João 13,16-20, no contexto da última ceia, Jesus, ao mesmo tempo em que vai deixando o seu testamento para os discípulos, também descobre que há um “infiltrado” no grupo. Ele diz: “o servo não está acima do seu senhor e o mensageiro não é maior que aquele que o enviou. Se sabeis isto, e o puserdes em prática, sereis felizes. Eu não falo de vós todos. Eu conheço aqueles que escolhi, mas é preciso que se realize o que está na Escritura: ‘Aquele que come o meu pão levantou contra mim o calcanhar’. Desde agora vos digo isto, antes de acontecer, a fim de que, quando acontecer, creiais que eu sou. Em verdade, em verdade vos digo, quem recebe aquele que eu enviar, me recebe a mim; e quem me recebe, recebe aquele que me enviou”.

Os evangelhos não apontam Judas como um infiltrado em nome do poder político ou religioso de Israel, mas como um homem preocupado com seus próprios projetos. Ele viu em Jesus a oportunidade que não teria se fosse agir por conta própria. Contudo, deu o grande golpe de sua vida ao armar o conluio que foi o ponto de partida para a prisão que levou à paixão, morte e ressurreição de Jesus. Se for analisado a partir desta perspectiva, então Judas é um infiltrado.

O que nós podemos tirar como lição deste evangelho, no entanto, é a atitude de Jesus. Em nenhum momento Ele alterou a voz contra o seu traidor. Ao contrário, ofereceu um bocado do seu próprio prato para que Judas tivesse forças para realizar o único projeto para o qual estava preparado. Em nenhum momento o evangelista fala da reação de Judas. Ele não demonstrou remorsos ou preocupação com a reação dos outros discípulos. Fala apenas que, após o gesto familiar de Jesus, Judas saiu para dar início a trama da traição.

Para os outros discípulos resta o essencial: receber sempre Jesus mediante a sua Palavra e os seus gestos que demonstram a sua origem divina e a sua fidelidade em cumprir o projeto que o Pai lhe havia confiado. Nós somos discípulos ou infiltrados no grupo de Jesus?

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