Evangelho do dia: O julgamento formal de Jesus

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O evangelho de hoje, de João 7,1-2.10.25-30, nos apresenta o drama de Jesus abandonado por alguns dos líderes de sua nação. Jesus deve se esconder, e o povo não sabe o que pensar dele, porque os líderes religiosos da sua época não acreditam na sua dignidade de Messias.

Alguns membros do grupo dos fariseus não acreditam em Jesus porque o julgam a partir dos princípios formais do sábado e das abluções rituais, e não conseguem captar a profundidade dos seus ensinamentos. Alguns dos sacerdotes rejeitam Jesus por motivos políticos.

O que resta de Jesus hoje, entre nós? As palavras de Jesus, que confirmam a sua identidade e convidam a acreditar não se encontram hoje, atualmente, com dificuldades parecidas?

Quais são as causas da fraqueza da nossa fé?

Seguramente, as formas atuais de pensamento parecem diferentes daquelas do tempo de Jesus, e nem sempre se trata apenas de formalismo religioso. Tudo precisa de comprovação científica.

Mesmo a formação política passa pela vasta diversidade de interpretações que, no fim, ninguém sabe o que realmente é importante.

Os marxistas não foram os únicos a rejeitar a fé em nome de uma teoria política. As sociedades do consumo, na corrida em busca do bem-estar material, na prática fazem a mesma coisa, mesmo que não criem nenhuma teoria sobre o seu modo de viver.

E nós, cristãos, somos capazes de acreditar a ponto de assumir a responsabilidade pelo drama de Jesus e, com ele, de nos expor à rejeição, ao julgamento dos outros, ou, ainda, de nos envolver na solução dos conflitos que estão perto de nós?

Os conflitos estão dentro da Igreja, por causa do formalismo moral, ou na sociedade, que nem sempre defende a justiça ou os direitos à vida de maneira adequada.

O que temos feito para introduzir na vida social e política do nosso país, que foi evangelizado desde o seu descobrimento, o princípio do amor ao próximo? Será que merecemos um puxão de orelha de Jesus, por não obedecermos a lei divina, deixando que muitos percam a vida ou prejudicamos os outros?

(Fonte: La Chiesa)