08/02/2011 - 0:00 - UCDB
Fonte: Pró-Reitoria de Pastoral
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O evangelho de hoje, de Marcos 7,1-13, fala que os discípulos de Jesus são acusados de comerem sem fazer a purificação das mãos. Jesus os defende dizendo que o povo do seu tempo honrava a Deus com a boca enquanto no coração somente tinham maldade. Através de uma interpretação muito humana da lei, muitos deixavam de lado o que realmente deveriam seguir: os mandamentos de Deus. Alguns até se livravam de suas obrigações para com os próprios pais fazendo ofertas no templo. Então, Jesus conclui que, com isso, eles anulavam a própria Palavra de Deus em nome da tradição.
Este evangelho tem a ver com a exterioridade dos nossos atos. Olhando bem para as atitudes de Jesus, Ele quer nos ensinar que a exterioridade é uma maneira de esconder a verdade daquilo que se é. Isso pode acontecer inclusive nas nossas celebrações, que, com uma falsa piedade, esconde a verdade do culto vivo e verdadeiro.
O mandamento de Deus não praticado pode, assim, ser reduzido a um mandamento humano. O contrário é que deve ser válido: a tradição divina deve ser vivida como dom e não pode ser jamais reduzida e trancada atrás do tradicionalismo.
Jesus, no evangelho de hoje, nos convida a buscar a verdade na sua origem para torná-la original. A verdade deve fazer parte de nós. Mas somente a verdade que está unida a Jesus é que se torna lugar de humanização. É nessa humanização que nos tornamos homens e mulheres com uma vida plena de sentido. Do contrário, tudo é reduzido a hipocrisia, o homem passa a viver como um carro desgovernado e sem rumo.
Isso pode acontecer inclusive na religião. A hipocrisia pode se tornar a marca das nossas atitudes. Somente Jesus pode impedir que aumentemos o valor de um tal processo de falsificação.
O convite a colocar a vida no centro do culto e da lei é essencial e permite à religião se tornar instrumento válido e vivo para o crescimento da fé. Do contrário, o pesado fardo da tradição, mortificada e mortificante, jazerá sempre mais como um peso sobre acredita que tem fé, sobre quem pensa que toda a religião se resume ao ato do culto e que a verdade seja apenas uma maneira de aparecer.
O evangelho de hoje nos ensina que o coração não pode ficar distante de Deus.
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