02/11/2009 - 0:00 - UCDB
Fonte: Pró-Reitoria de Pastoral
Veja as últimas notícias da UCDB para você que está interessado em UCDB
Depois de ter cantado a glória e a felicidade dos Santos que «gozam em Deus a serenidade da vida imortal, a liturgia, desde o início do século XI, consagra este dia à memória dos fiéis defuntos. O Dia de Fiéis Defuntos não é dia de luto e tristeza. É dia de mais íntima comunhão com aqueles que «não perdemos, porque simplesmente os mandamos à frente», nos diz S. Cipriano. É dia de esperança, porque sabemos que os nossos irmãos ressurgirão em Cristo para uma vida nova. É, sobretudo, dia de oração, que se revestirá da maior eficácia, se a unirmos ao Sacrifício de reconciliação, a Missa.
No evangelho desta festa, de João 6, 51-58, Jesus diz que é o pão vivo que desceu do céu e conclui: «Quem comer deste pão viverá eternamente e Eu o ressuscitarei no último dia».
O Santo Padre, Ambrósio, escreveu sobre a morte, ao comentar a morte do seu irmão Sátiro: “Vemos que também a morte pode ser lucro e a vida ser castigo. Por isso Paulo afirma: Para mim, viver é Cristo e morrer é lucro. Que é Cristo, senão morte do corpo e espírito de vida? Morramos pois com Ele, para vivermos com Ele. Seja nosso exercício diário o amor da morte, a fim de que a nossa alma, pelo afastamento dos desejos corpóreos, aprenda a elevar-se para as alturas, onde o prazer terreno não pode chegar nem atraí-la a si, e assim receba a imagem da morte para não incorrer no castigo da morte. A lei da carne contradiz a lei do espírito e quer submetê-la à lei do erro. Qual será o remédio para isto? Quem me libertará do meu corpo mortal? A graça de Deus por Jesus Cristo Nosso Senhor.
Que mais ainda? O mundo foi resgatado pela morte de um só. Cristo podia não ter morrido, se quisesse; mas julgou que não devia fugir à morte, como se fosse inútil; antes, considerou-a como o melhor meio para nos salvar. A sua morte foi, portanto, a vida de todos. Recebemos o sinal sacramental da sua morte, anunciamos a sua morte na oração, proclamamos a sua morte na Eucaristia; a sua morte é vitória, é sacramento, é solenidade anual em todo o mundo.
Que diremos ainda da sua morte, depois de mostrarmos, com o exemplo divino, que só a morte conseguiu a imortalidade e se redimiu a si própria? Não devemos, pois, chorar a morte que é a causa da salvação universal; não devemos fugir à morte que o Filho de Deus não desprezou nem evitou.
Sem dúvida, a morte não fazia parte da natureza, mas tornou-se natural; porque Deus não instituiu a morte ao princípio, mas deu a como remédio. Condenada pelo pecado a um trabalho contínuo e a lamentações insuportáveis, a vida dos homens começou a ser miserável. Deus teve de pôr fim a estes males, para que a morte restituísse o que a vida tinha perdido. Com efeito, a imortalidade seria mais penosa que benéfica, se não fosse promovida pela graça.
A nossa alma aspira a sair do estreito círculo desta vida, a libertar se do peso deste corpo terreno e a caminhar para aquela assembleia eterna onde só chegam os santos, para aí cantar o louvor de Deus, como cantam, segundo a leitura profética, os celestes tocadores da cítara: Grandes e admiráveis são as vossas obras, Senhor Deus todo-poderoso; justos e verdadeiros são os vossos caminhos, ó Rei das nações. Quem não há de temer e glorificar o vosso nome? Porque só Vós sois santo, e todos os povos virão adorar Vos. A nossa alma deseja partir deste mundo para contemplar as vossas núpcias eternas, ó Jesus, nas quais, por entre o cântico jubiloso de todos os eleitos, a Esposa é acompanhada da terra ao Céu – a Vós acorrerão todos os homens – já não sujeita ao mundo, mas unida ao Espírito.
Era isto que o santo Davi desejava, acima de tudo, contemplar e admirar, quando dizia: Uma só coisa peço ao Senhor, por ela anseio: habitar na casa do Senhor todos os dias da minha vida, para viver na alegria do Senhor”.
Evento será realizado no auditório do bloco M
Evento será realizado em sala de aula no bloco A