Evangelho do dia: O mundo precisa de cristãos misericordiosos

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Jesus, no evangelho de hoje, de Lucas 6,39-42, faz uma crítica à maneira de agir daqueles que gostam de ficar julgando e condenando as atitudes do próximo: nós devemos olhar antes os defeitos que nós temos – a trave que está em nossos olhos – para depois apontar os defeitos que os outros têm – o cisco que está no olho dos irmãos.
A proporção dos nossos defeitos é grande em relação aos defeitos do nosso próximo. O nosso é do tamanho de uma trave. O dos nossos irmãos é semelhante a um cisco.
Jesus propõe à nossa mania de julgar e condenar o seguimento do seu exemplo: o discípulo deve se tornar como o mestre. E Ele, na sua humildade, no seu desprendimento mostrou o verdadeiro rosto de Deus. Por isso, pode nos pedir que sejamos misericordiosos, como o nosso Pai do céu é misericordioso!
A misericórdia é o amor abundante que sai do coração de Deus e que Ele derrama sobre o mundo. Esse amor é superabundante, porque Deus não pode conter o seu próprio amor. Como não quis encerrar em si mesmo essa fonte de graça, Ele derrama o seu amor em nossos corações.
O mundo não acredita espontaneamente no amor. Mas somente o amor pode transformar o mundo. Ele pode fundir o metal mais resistente e quebrar os materiais mais fortes. A misericórdia é o cume do amor, a perfeição do amor.
É Deus que ama além do amor, se isso é possível. Deus nos convida a amar a ponto de transformar o amor em misericórdia. Somente a misericórdia pode nos levar a cumprir com o que manda o evangelho de hoje.
Em outras palavras, Jesus quer que ajamos como Ele, isto é, sendo misericordiosos com nossos irmãos. A misericórdia faz com que nós não julguemos nem condenemos.
O nosso mundo precisa de cristãos misericordiosos, da mesma forma que Deus é misericordioso. Seremos testemunhas da misericórdia, da superabundância do amor que há em Deus, diante dos homens e mulheres de hoje? Sim, se deixarmos que cresça em nós o dom da caridade, que é o amor de Deus existente no coração do homem.
É no coração de Deus que devemos buscar o amor misericordioso ao qual somos convidados praticar por Jesus. Ele é um dom que, se o pedirmos, Deus jamais deixará de nos conceder.