Evangelho do dia: O poder de Deus fez algo maravilhoso em Maria

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Na nossa caminhada para o Natal, a figura de Maria, sobre a qual vimos meditando desde o domingo passado, vai cada vez mais ganhando espaço na espiritualidade cristã.

Após receber o anúncio do anjo, ela parte para a casa de sua prima Isabel e no encontro entre as duas acontece algo maravilhoso: Isabel sente a presença de Jesus tão forte que João Batista se agita em seu ventre.

Reconhecendo que o poder de Deus havia feito algo maravilhoso em Maria, Isabel profere a bem-aventurança: bem-aventurada aquela que acreditou que as promessas de Deus seriam cumpridas.

No evangelho de hoje, de Lucas 1,46-56, é Maria quem canta o grande canto do Magnificat. Trata-se de um canto que relembra o poder de Deus ao longo da história e também relembra o papel do ser humano de construir o mundo marcado pela presença de um Deus que faz sua história mostrando o seu poder na simplicidade e na solidariedade com o ser humano.

Em Maria, o canto percorre, portanto, os caminhos da história. Deus age no mais profundo da alma do ser humano, visitando a alma que se mostra humilde, desprovida de qualquer poder ou dominação, e deixa preencher os seus vazios pela presença do divino como dom e como graça.

Deus age sempre, por todas as gerações, mostrando a sua misericórdia. Com Deus, a prepotência está destinada ao fracasso e os poderosos, que se esquecem de cuidar dos humildes e dos pobres e não praticam a justiça, terão um destino jamais imaginado: perderão tudo e ainda ficarão de mãos vazias.

Ouvir este cântico de Maria em nossa época é uma oportunidade para analisar as nossas relações pessoais e sociais. Inspira também a necessidade de construirmos a nossa história com o selo da misericórdia, da humildade e do serviço.

É essa a inspiração que devemos seguir para que possamos experimentar o Natal com os mesmos sentimentos de Deus presentes em Maria.