Evangelho do dia: O preço da verdade

29/08/2012 - 0:00 - UCDB

Fonte: Pró-Reitoria de Pastoral

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A figura de João Batista, de que fala o evangelho de hoje, de Marcos 6,7-29, está intimamente ligada àquela de Cristo. Já antes do nascimento, exulta de alegria no ventre de Isabel quando do encontro com Maria.

Será depois ele quem irá apontar ao mundo o Cordeiro de Deus. Será ele também quem dará testemunho da Voz do alto que proclama Jesus como filho de Deus, enquanto batiza nas águas do Jordão.

Com grande humildade, aceita e realiza a sua missão que é a de preparar o caminho para a chegada de Cristo. João sabe que deve diminuir e desaparecer para dar espaço ao Messias.

Receberá por sua vez um grandíssimo elogio da parte do Senhor: “em verdade vos digo: entre os nascidos de mulher não surgiu ninguém maior do que João Batista”.

A sua grandeza brilhará como uma luz plena quando o seu testemunho da verdade assumir as características do heroísmo.

Com a mesma franqueza com que anunciou Cristo ao mundo, denuncia a imoralidade de um poderoso, consciente dos riscos que corria.

O ódio dos poderosos, às vezes temperado com a mais descarada imoralidade, quase sempre desemboca na vingança para com quem ousa denunciar a baixeza.

Todos nós sabemos que infelizmente as vozes incômodas devem calar. Aconteceu com Jesus e depois dele com uma numerosa horda de testemunhas intrépidas e corajosas.

A denúncia, ainda que merecida, ou leva à conversão ou alimenta o ódio. Se depois se tem a triste sina de envolver as mulheres e o sexo pode-se esperar tudo inclusive o absurdo de torpes promessas que podem custar a vida de outras pessoas.

É significativo, de fato, que a cabeça de João Batista entre em um lugar de orgia, em um banquete que é exatamente o contrário de um convívio de amor.

A cegueira e a obtusidade que ofuscam a razão e obnubilam as consciências está naquele estado absurdo que transforma a razão e o direito inclusive à custa da vida de um inocente.

O verdadeiro vitorioso, no entanto, é ele, João, que precede Cristo no martírio e leva, assim, o seu intrépido testemunho até o martírio, até o calvário.

(Fonte: La Chiesa)