29/04/2011 - 0:00 - UCDB
Fonte: Pró-Reitoria de Pastoral
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Um romance do século XX conta a história do retorno de um soldado à sua pátria depois da Segunda Guerra Mundial, após treze anos dado como desaparecido. Nós podemos imaginar a cena desse pai de família assim que ele volta à casa. Sua mulher está arrumando a casa depois da refeição. Os filhos estão na escola. De repente, soa a campainha e a mulher se pergunta: “quem é?”.
O resto da cena é o mesmo que nos fala o evangelho de hoje, de João 21,1-14, porém com outro protagonista: Jesus. Os discípulos passaram por uns dias de dor e de angústia durante a semana santa. É como se tivessem perdido tudo. Os poucos dias depois do sepultamento de Jesus viraram para eles uma eternidade.
Quando, três dias depois, Jesus se lhes aparece no lugar onde se encontravam escondidos, eles, então, conhecem a sua glória. E Jesus aumenta as suas aparições. Oito dias depois, realiza uma segunda aparição para confirmar a fé de Tomé, que só acredita se tocar nas feridas do Mestre. Então, o sofrimento se converte em alegria e a dúvida em esperança. Mas isso não durará muito. Jesus não ficará por muito tempo com eles.
Dias depois, os apóstolos voltam ao seu trabalho ordinário: a pesca. Então, Jesus aparece uma terceira vez. Provavelmente é quando começa a instruir o seus sobre o ministério que devem exercer no futuro.
No evangelho de hoje, nós aprendemos como encontrar Jesus nas nossas atividades do dia a dia. Santa Teresa de Jesus dizia: “Deus se encontra entre os alimentos”. Jesus aqui aparece entre os peixes. Em nossa vida, temos que buscar a presença de Deus a todo o momento, pois Ele está presente em tudo o que fazemos.
Se fizermos assim, Ele abençoará cada uma de nossas ações no nosso trabalho, na nossa vida, dando-nos a cada dia uma pesca milagrosa. E Deus nos dá, ao mesmo tempo, o pão e a vida, mas um pão que tem sabor de eternidade para tornar nossa vida um hino de louvor a Ele pela maravilha da ressurreição operada entre nós.
Peçamos a Jesus que, nesta Páscoa, nos conceda o dom da oração e uma presença muito próxima de sua graça na nossa família e em nossas atividades diárias.
Ruth Pavan e José Licínio Backes apresentam pesquisas financiadas pelo CNPq