Evangelho do dia: O sacrifício livremente aceito por Jesus

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A cruz está sempre presente no coração de Jesus. É a meta da sua vida. Este é o ensinamento do evangelho que a Igreja medita hoje, tirado de Mateus 20,17-28.

Por este evangelho, nós percebemos que a cruz será um sacrifício livremente aceito por Jesus, e não apenas um martírio. Jesus mostra isso aos discípulos anunciando-lhes com precisão o que irá acontecer nos próximos dias.

Mas ele também acrescenta: “no terceiro dia, ressuscitará”, mesmo que, naquele momento, estivesse voltado para a paixão que se aproximava.

Os sentimentos de Tiago, de João e da sua mãe parecem muito humanos: “Ordena que estes meus dois filhos se sentem no teu Reino, um à tua direita e outro à tua esquerda”.

O desejo de glória, o desejo de estar por cima, existe em cada um de nós. O nosso ego está um pouco mais, um pouco menos, sempre ocupado pelo desejo de dominar.

Mas Jesus chama a atenção dos discípulos e a nossa: se quisermos participar de sua glória, devemos beber tudo o que está no seu cálice, isto é, devemos também nós morrer, fazer a vontade do Pai, levar a nossa cruz seguindo Jesus, sem querer saber antes qual será o nosso lugar no seu Reino.

A reação de desdém dos outros dez discípulos ao pedido da mãe de Tiago e João também é muito humana. E Jesus, seriamente, os convida a uma mudança radical dos valores que regem a sua vida.

Na nova comunidade pela qual ele está para dar a vida, o primeiro será o último, “justamente como o Filho do homem, que veio não para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate para muitos”.

Peçamos a graça de nos tornar servidores, servidores humildes, prontos a sofrer e a fazer sacrifícios pelo bem do próximo dos nossos familiares e amigos. Peçamos a Maria que interceda por nós: aos pés da cruz, o que Maria pede para os seus filhos é que tenham parte, como ela e com ela, no sacrifício do seu filho.

Façamos hoje um exercício de humildade, servindo melhor quem vive conosco. Vamos mostrar ao mundo que somos dignos porque sabemos respeitar o próximo e que tudo o que fazemos deve ser para nos elevar até a glória de Deus.