18/02/2010 - 0:00 - UCDB
Fonte: Pró-Reitoria de Pastoral
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Um jovem entra na faculdade, acreditando que, após terminá-la, todas as portas ser-lhe-ão abertas. Alguns passam os anos de estudo vagueando pelos corredores da universidade e, no fim, reclamam porque receberam faltas ou porque o professor foi injusto com as notas. Alguns, após quatro ou cinco anos de estudos devem retomar a caminhada para completar mais da metade dos créditos. O caminho para abrir as portas do emprego parece mais longo do que se imagina.
Os que conseguem terminar a faculdade em tempo hábil, lutam para conseguir o primeiro emprego. Quando o conseguem, devem começar lá de baixo, se quiserem chegar um dia, por exemplo, a ser dirigente da empresa. Em outras palavras, a pessoa deve ralar, sem saber se vai conseguir realizar ou não o seu ideal.
Os discípulos, ao frequentarem a faculdade de Jesus, olhavam lá na frente, para um futuro glorioso. De repente, Jesus lhes disse que o seu diploma seriam os sacrifícios, inclusive a morte. É o que diz o evangelho de hoje, de Lucas 9,22-25. Primeiro, Jesus anuncia que vai sofrer nas mãos dos anciãos e dos sumos sacerdotes. Depois diz que se alguém quiser segui-lo deverá renunciar a si mesmo e tomar sua cruz cada dia. “Pois quem quiser salvar a sua vida, vai perdê-la; e quem perder a sua vida por causa de mim, esse a salvará. Com efeito, de que adianta a um homem ganhar o mundo inteiro, se se perde e se destrói a si mesmo?”
Diante disso, os discípulos tiveram um choque. Até aquele momento, eles haviam sido enganados por Jesus? Para que chamá-los e depois dizer que seu diploma seria entregue no alto de uma cruz? Ralar tanto, para quê?
O que estava em jogo era a vida. Não esta vida cheia de tristeza e sucessos, de alegrias e esperanças, de paixão e de decepções que estamos acostumados a viver, mas a vida que é estar com Deus. Esta aqui foi feita para ser vivida, provada e consumida em vista da vida eterna.
A chave para abrir as portas para essa vida é a ressurreição de Jesus. Foi por isso que os discípulos não deixaram seu mestre. Eles perceberam que os sofrimentos deste mundo não são nada. A eles estava destinada uma glória maior do que podiam imaginar. Por isso, embarcaram com Jesus na sua aventura rumo à cruz. Quem perseverasse nisso, teria a certeza de que estaria com o diploma garantido. E foi por causa dessa certeza que os discípulos receberam o diploma de apóstolos.
Apenas um discípulo iria reprovar na escola de Jesus: Judas. Alguns deles tiveram que retornar e pedir a Maria que os ajudasse numa matéria orientada. Pedro, por exemplo, não passou na prova da fidelidade, ao renegar Jesus. Tomé, por outro lado, não conseguiu passar na prova da fé. No seu estágio prático, teve que ir ao laboratório do cenáculo para pôr as mãos nas feridas de Jesus. Os discípulos de Emaús até que se sentaram à mesa quando achavam que já estavam reprovados, mas quando viram um pedaço de pão repartido pelo próprio Mestre, viram que tinham que retomar a caminhada junto da comunidade.
Que nós, neste dia, olhemos para a cruz não como dois pedaços de madeira sobrepostos um no outro, mas como sinal da nossa salvação. Se tivermos o olhar da fé, veremos que dela brota uma luz maravilhosa, que pode nos fazer apostar na aventura de seguir Jesus. Quem desiste é porque não está apto para o Reino. Quem tem a coragem de ao menos fazer a recuperação é porque acredita que nada está perdido. Em matéria de vida, nada se perde nem é destruído. Mas tudo deve se tornar sagrado.
Evento será realizado em sala de aula no bloco A