25/10/2010 - 0:00 - UCDB
Fonte: Pró-Reitoria de Pastoral
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Todos nós ficamos maravilhados com os milagres que Jesus realizava. E quantas vezes nós pedimos a cura de alguma enfermidade, nossa ou de alguma pessoa que gostamos.
O evangelho de hoje, de Lucas 13,10-17, fala de uma mulher que estava com um problema que a fazia viver curvada. Segundo o evangelho, ela estava possuída por sessenta demônios. Jesus chamou-a e lhe disse que estava livre, que podia ir em paz. Jesus foi criticado pelo chefe da sinagoga porque realizou esse milagre em dia de sábado.
Sem dúvidas, na época de Jesus as doenças e as enfermidades eram difíceis de serem curadas. O povo do seu tempo não contava com os meios atuais de diagnósticos e terapias. Não havia salas de cirurgia com a higiene tão apurada como conhecemos hoje, nem ecografias, nem vacinas, nem anestesias locais ou gerais. Tudo isso veio com o progresso técnico, médico e farmacológico.
Parece que o mundo vivia como se Deus tivesse tirado o poder da cura das mãos dos médicos para dá-lo aos sacerdotes. Assim, eles não somente cuidavam do corpo, mas também da espiritualidade. É por isso que vemos os relatos dos sofrimentos de pessoas como a mulher de hoje do evangelho. No entanto, milagres aconteciam, como acontecem hoje em dia. É o que Jesus atesta hoje para nós. Ele se faz presente hoje na Eucaristia.
Porque a vida espiritual, ainda que esteja oculta aos nossos olhos, tem uma dimensão infinitamente superior às ações puramente humanas. Por exemplo, um ato de caridade feito por amor a Deus embeleza a alma de tal forma que ficaríamos extasiados se pudéssemos contemplá-la.
É impressionante o que realizam os nossos sacramentos. Porque por eles recebemos graças especiais de Deus. Sem dúvida, devemos reconhecer que estamos sujeitos às realidades da terra e que não podemos perceber nossa transformação no mundo espiritual. Porém, se tivermos fé e perseverarmos até o final, um dia poderemos ver com clareza, sem mistério, a grandeza de cada alma humana. Esse é o milagre que Jesus quer realizar em nós. Tirar de nossas costas o peso de nossa infinidade de dúvidas para nos dar a certeza de que continua agindo no mundo.
E rezemos por todos os médicos, para que Deus lhes dê sempre a graça de amar a vida e encontrar as curas para os nossos irmãos que sofrem.