06/05/2011 - 0:00 - UCDB
Fonte: Pró-Reitoria de Pastoral
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O evangelho de hoje, de João 6,1-15, nos fala de alguns testemunhos que aconteceram antes da Páscoa de Jesus. João nos fala da multiplicação dos pães.
Entre os personagens que intervêm na cena do evangelho, além do Mestre, dos apóstolos e da multidão, o menino dos pães e dos peixes passa muito despercebido pelo relato. Apenas é mencionado, mas sua presença e sua generosidade foram as coisas mais importantes para que Jesus realizasse o milagre.
De fato, quando Felipe fala desse menino, bem que poderia ter dito: “está aqui um menino que tem cinco pães de cevada e dois peixes. Mas não sei se vai querer nos dar. De qualquer forma, o que é isso para tanta gente?”.
Todos os milagres de Jesus precisaram da fé daqueles que os pediam. No caso da multiplicação dos pães, o milagre aconteceu por causa da generosidade desse menino.
É como se João quisesse dizer que, para alcançar o milagre da própria conversão ou do progresso espiritual humano, é preciso dar tudo o que temos e dar de coração.
Vejamos o que pode estar acontecendo conosco hoje: pode ser que tenhamos em nossas casas cinco pães e dois peixes. Para nós, eles podem ser uma simples sobra, mas, se não fizermos bom uso deles, a nossa consciência não poderá ficar limpa se eles faltarem na mesa do nosso próximo.
Nós somos resistentes na prática da esmola. De fato, ou nos abordam as crianças, que são exploradas ou pelos próprios pais ou por pessoas inescrupulosas, ou pessoas que, de longe, exalam o odor do álcool ou da droga. Quando eles se aproximam de nós, se estamos de carro, fechamos o vidro ou até furamos o sinal, com a desculpa de que nos sentimos ameaçados. Mas quantas vezes nós não aproveitamos da bondade de alguém no comércio ou nas repartições do governo, mediante as quais ficamos isentos de impostos e ainda exigimos tudo como se fosse adquirido? Isso não é mendigar?
Nos ônibus, nos trens, ou mesmo nos estacionamentos, há espaços reservados para idosos, gestantes ou portadores de necessidades. O que nós fazemos?
É o pão da acolhida, o pão do respeito, o pão da solidariedade que precisamos dar para quem se aproxima de nós. Por trás do cheiro da criança explorada ou do mendigo que nos aborda está o verdadeiro odor de Cristo, aquele que salva.
Os cinco pães são, sem dúvida, uma representação das graças que Deus nos deu. Somente na medida em que os demos aos outros é que eles podem frutificar e render o máximo possível. Se os guardarmos para nós mesmos, podem cair ao chão e se perder. É preciso nos lembrar de que o milagre de que fala o evangelho começa quando aquela criança deu ao Mestre os seus pães. Com eles foi possível saciar a multidão.
Nós devemos anunciar o evangelho a partir da realidade das pessoas, de suas experiências de vida, dos seus valores e das suas expectativas. Antes de anunciar a Palavra de Deus, precisamos criar a necessidade dela no coração das pessoas como Jesus, que a partir da necessidade do pão, cria a necessidade do pão da vida eterna.
Atividade conta com alunos do 3º semestre de Publicidade e Propaganda
Prazo vai até 12 de agosto e deve ser feito pela internet