12/04/2011 - 0:00 - UCDB
Fonte: Pró-Reitoria de Pastoral
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No evangelho de hoje, de João 8,21-30, Jesus faz uma afirmação estranha, que se tirada do seu contexto, parece que contradiz todo o evangelho: “Para onde eu vou, vós não podeis ir”. Mas, por mais estranha que a afirmação possa ser, Jesus queria dizer o seguinte: não poderemos seguir Jesus se estivermos em pecado, isto é, se rejeitamos Deus e Aquele que Ele enviou, Jesus Cristo.
Segundo João, a rejeição a Jesus é o maior pecado que possa existir. A razão é muito simples. No Antigo Testamento, Moisés, nas suas relações com o povo, falava em nome de Deus. Jesus, agora, fala como Deus e em nome de Deus. Moisés, no tempo em que era pastor de Israel, havia ouvido as seguintes palavras: “Eu-Sou me enviou a vós. O Senhor, o Deus dos vossos pais, o Deus de Abraão, o Deus de Isaac, o Deus de Jacó me enviou a vós” (Ex 3,14-15).
Nessa palavra dita por Moisés, Deus se apresenta com um nome estranho: “Eu-Sou”. No entanto, diante do sonho de liberdade, os hebreus acreditaram na palavra de Moisés. Na verdade, para os hebreus o nome de Deus foi suficiente para confiar no seu enviado, Moisés, para fugir da escravidão e partir para a terra prometida.
Esse nome encerrava em si todo o poder e todo o dinamismo do Êxodo. Graças a esse nome, a Páscoa pôde ser realizada e, depois da partida para a terra prometida, não faltou nem água nem maná ao povo. Deus não abandonou o seu povo. Quando foi atacado por serpentes, mandou que se fizesse uma serpente de bronze, que fosse levantada e, assim, quem olhasse para ela seria salvo.
Evocando esse nome, que é o Seu nome, Jesus faz memória de toda a estrada percorrida desde a escravidão até a liberdade, e coloca os cristãos na mesma caminhada do povo hebreu, mas agora com outro propósito: fazer com que caminhemos da morte para a vida.
É para a vida, isto é, para Deus que nós deveremos ir. Para chegar lá, é preciso acreditar em Jesus, e isso os seus conterrâneos não o fizeram. É preciso acreditar que Ele é o enviado por Deus para a nossa salvação e aceitar como verdadeiras as suas palavras. É assim que aprendemos a segui-Lo no mistério pascal, na paixão, na morte na cruz e na ressurreição.
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