Evangelho do dia: Páscoa - o dia em que felicidade e alegria se encontram

24/04/2011 - 0:00 - UCDB

Fonte: Pró-Reitoria de Pastoral

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No dia da Páscoa, há duas palavras, cujo significado é aparentemente semelhante, mas ambas possuem diferentes nuanças: “felicidade” e “alegria”.

A escritora italiana Susanna Tamaro escreve o seguinte sobre a felicidade: “a felicidade está para a alegria assim como uma pequena lâmpada está para o sol. A felicidade tem sempre um sujeito. A pessoa é feliz por algo. A felicidade é um sentimento cuja existência depende de algo de fora. A alegria, ao contrário, não tem objeto. Cada um a possui sem uma razão aparente. No seu ser, é semelhante ao sol, queima pela combustão do seu próprio coração”.

A felicidade, portanto, se liga em geral a um resultado alcançado, a um objetivo conquistado, a um desejo satisfeito, a um sonho realizado.

A alegria, ao contrário, implode dentro do coração e da alma, graças a uma consciência de possuir já, por dom, os resultados, os objetivos perseguidos nas trevas lampejantes do tempo de possuir a luz fixa da imortalidade, assim como as trevas do sepulcro de Jesus já continham a luz da ressurreição.

Daqui a expressão “feliz como uma Páscoa”, expressão que colhe no sinal próprio, em razão da palavrinha “como” – sou envolvido pela luz mesmo que imerso nas trevas, como aconteceu no sepulcro naquelas horas.

E é justamente o evangelho de hoje, de João 20,1-9, que apresenta, entre os muitos objetivos, o fundamento de tal alegria, o fundamento da fé em Cristo ressuscitado.

Nele, encontramos Maria Madalena, que vai ao sepulcro, fica desolada, porque não mais encontrou o corpo do seu Senhor no túmulo. Correu para anunciar aos discípulos. Dois deles, Pedro e João, foram ao sepulcro e viram apenas os sinais da presença de Jesus: os panos espalhados no interior da tumba, sendo que aqueles que haviam coberto a cabeça de Jesus estavam bem dobrados num lugar à parte.

Madalena ficou angustiada. Os dois discípulos, mesmo tendo vivido com Jesus durante aqueles três anos anteriores, tinham uma caminhada de fé diferente. Uma já estava mais cansada e a outra mais vigorosa. No sepulcro, a fé do discípulo mais jovem é capaz de esperar pela experiência do discípulo mais velho. No entanto, naqueles sinais dos panos, o discípulo mais jovem “viu e acreditou… que Jesus devia ressuscitar dos mortos!”.

Estar alegres como uma Páscoa significa parar de buscar a satisfação efêmera dos desejos e deixar-se saciar pela necessidade satisfeita da “imortalidade” sepultada no mais íntimo do nosso coração e da nossa alma. Isso nos é garantido pelo Ressuscitado. Nós podemos não O ver fisicamente, mas podemos ver os sinais de que está aí, nos panos da fé que se espalham pela nossa vida e que precisam ser dobrados perto de nossa cabeça, para percebermos o sinal visível da presença de Jesus em nós.

“Estou alegre como uma Páscoa” é uma afirmação que quer dizer: “estou alegre porque tenho o dom da fé, porque acredito”. E acredito porque apostei em querer acreditar!

Do jeito de Pedro e João, que chegam ofegantes na porta do sepulcro vazio, naquele domingo, logo de manhã. Essa porta é cheia de mistérios. O próprio evangelista já fala: “Então entrou também o outro discípulo, que tinha chegado primeiro ao túmulo. Ele viu, e acreditou. De fato, eles ainda não tinham compreendido a Escritura, segundo a qual ele devia ressuscitar dos mortos”.

É assim que me questiono como posso encontrar tanta tristeza, melancolia, inquietação e também muito sofrimento no coração e no rosto de certos cristãos que parecem pertencer mais ao “Clube de Jeremias”, isto é, ao Clube da Lamentação, do que ao “Clube dos Salvos por Cristo”.

E é a esses irmãos, compreendidos aqueles vestidos com as cores púrpuras e com tecidos de seda, cujo coração cansado impede ao rosto de se abrir ao sorriso que quero dedicar esta advertência: “Você não pode impedir aos pássaros da tristeza de sobrevoarem sua cabeça, mas certamente pode impedi-los de fazer seu ninho entre os seus cabelos”.

A festa de hoje é um convite a realizarmos uma passagem importante em nossas vidas: a transferência do clube falido de Jeremias para o clube dos vencedores de Jesus, ressuscitado para sempre. Você já faz parte desse clube, porque você comprou a sua cota de adesão com o seu batismo. Hoje, firme-se na ideia de que Jesus não somente ressuscita, mas nos assegura de que estará conosco até o fim dos tempos! A felicidade você vai conquistá-la todos os dias, mas para isso precisa viver com muita alegria todos os momentos dessa promessa.

Fonte: Qumran

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