Evangelho do dia: Passar da admiração à fé

31/08/2010 - 0:00 - UCDB

Fonte: Pró-Reitoria de Pastoral

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No evangelho de hoje, Lucas (4,32-37) relata que Jesus desceu a Cafarnaum, cidade da Galileia, e aí ensinava ao povo e aos discípulos aos sábados. As pessoas ficaram admiradas com o seu ensinamento, porque Jesus falava com autoridade.
Como viver esta Palavra? A autoridade não pode ser confundida com poder. Há pessoas que têm poder, mas não têm autoridade porque a autoridade é um fato interior, é uma força de ordem espiritual.
A autoridade de Jesus é surpreendente por dois motivos. Em primeiro lugar, porque Ele não apoia o seu falar e o seu agir no que os outros disseram ou fizeram antes dele. Diferentemente d’Ele, os rabinos de Israel buscavam continuamente a confirmação de seus ensinamentos no testemunho dos antigos profetas.
Jesus dizia: “Ouvistes o que foi dito…, mas eu vos digo!”. O ensinamento de Jesus é sempre em vista de algo purificado de um passado que já cumpriu a sua finalidade. É por isso que seu ensinamento é mais elevado. E mais: é iluminado pelo amor.
Em segundo lugar, porque a autoridade de Jesus é confirmada pela eficácia do seu falar e do seu agir. No evangelho de hoje, nós podemos perceber isso quando Ele ordena ao demônio que se cale e saia do homem atormentado pelo espírito impuro. Lucas, assim, mostra para nós que as palavras de Jesus têm um poder liberador imediato.
Hoje, nós somos convidados a contemplar Jesus na sua missão em Cafarnaum. Cafarnaum é apenas um nome para dizer que Jesus continua agindo no mundo. Sendo assim, Ele está mais perto de nós do que imaginamos. Conceda ao seu coração a alegria de uma parada interior para contemplar a pessoa de Jesus. Ouça-O dizer também ao demônio da sua ânsia, das suas preocupações ou dos seus pensamentos negativos essa mesma palavra libertadora: “cala-te e sai dele!”.
Escute a Palavra com fé e peça para se torna a palavra de Jesus a fonte da sua salvação já aqui e agora. E assim você poderá descobrir que pode tornar-se aquilo que São Paulo afirma sua Primeira Carta aos Coríntios: “Filho do dia, filho da luz”.
Diz-nos Santo Agostinho: “onde quer que seja e sempre, procure a Presença de Cristo. Onde quer que seja e sempre a encontrarás: por direito ou contra a corrente da história. Onde não chega a doutrina dos sábios e a clareza daquilo que é explícito, chega, ao contrário, a autoridade do homem-Deus de Nazaré”.
Não fiquemos somente na admiração por Jesus! Passemos da admiração a uma fé viva. Dessa forma, veremos , ainda hoje, a ação do poder libertador de Jesus nas nossas famílias, em nossa sociedade e até nas instâncias governamentais liberadoras de leis que podem destruir a vida.