Evangelho do dia: Pedro e Paulo: germes da semente divina

18/11/2009 - 0:00 - UCDB

Fonte: Pró-Reitoria de Pastoral

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Hoje, celebramos a festa da dedicação das Basílicas de São Pedro e São Paulo em Roma. Já no século XII se celebrava na basílica vaticana de S. Pedro e na de S. Paulo na Via Ostiense o aniversário das respectivas dedicações, feitas pelos papas Silvestre e Siríaco no século IV. Esta comemoração estendeu se posteriormente a todas as igrejas do rito romano. Assim como no aniversário da dedicação da basílica de S. Maria Maior (5 de Agosto) se celebra a Maternidade da Santíssima Virgem Mãe de Deus, assim neste dia se veneram os dois principais Apóstolos de Cristo.

O evangelho desta festa é tirado de Mateus 14,22-33. Este evangelho fala do episódio em que os discípulos estando no meio do mar viram Jesus andando sobre as águas. Pedro quis fazer o mesmo, mas vacilou em sua fé e Jesus teve de salvá-lo. Após os dois subirem no barco o vento se amainou e os discípulos fizeram, então, a seguinte profissão de fé: “Tu és verdadeiramente o Filho de Deus”.

O sermão 82 do papa São Leão Magno, escrito no século V, diz o seguinte sobre esta festa: “Pedro e Paulo, germes da semente divina. É preciosa aos olhos do Senhor a morte dos seus santos, e nenhuma espécie de crueldade pode destruir a religião que foi fundada pelo mistério da cruz de Cristo. A Igreja não diminui com as perseguições, mas aumenta; e o campo do Senhor reveste se sempre com uma seara mais abundante quando os grãos, caídos um a um, nascem multiplicados.

Por isso estes dois ilustres germes da semente divina deram origem a uma inumerável descendência, como testemunham os milhares de mártires bem-aventurados, que, rivalizando com o triunfo dos Apóstolos, rodearam a nossa cidade de multidões purpuradas e resplandecentes ao longe e ao largo, como se a coroassem com um diadema entrelaçado de muitas e belas pedras preciosas.

Devemos certamente alegrar-nos, irmãos caríssimos, na comemoração de todos os Santos, que são para nós um dom de Deus, proteção da nossa fraqueza, exemplo de paciência e confirmação da nossa fé. Mas ao celebrarmos a memória dos apóstolos São Pedro e São Paulo, com razão nos devemos gloriar mais jubilosamente, pois a graça de Deus os elevou tão alto entre todos os membros da Igreja que os constituiu como a luz dos dois olhos no corpo de que Cristo é a cabeça.

Nos seus méritos e virtudes, que superam toda a eloquência humana, nada devemos considerar diferente ou distinto num e noutro, porquanto a eleição os tornou semelhantes, o trabalho parecidos e o fim da vida iguais.

Tal como nós já experimentamos e os nossos maiores demonstraram, cremos e confiamos que no meio de todas as dificuldades desta vida seremos sempre ajudados pela oração dos nossos principais protetores para obter a misericórdia de Deus. Deste modo, se os nossos pecados nos abatem, elevam-nos os méritos dos Apóstolos”.

Na memória desta celebração, recordamos a nós mesmos o sentido de ser uma Igreja-viva, Igreja-presença e Igreja-testemunho em nosso mundo. Somos também apóstolos de Cristo e temos por missão testemunhar com a vida a fé que professamos. Rezemos, pois, pela unidade e a missão da Igreja de Cristo.