15/06/2011 - 0:00 - UCDB
Fonte: Pró-Reitoria de Pastoral
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No evangelho de hoje, de Mateus 6,1-6.16-18, Jesus manifesta o seu desejo de nos colocar em comunhão com o Pai. Para Jesus, a condição para entrarmos nessa comunhão é agir sempre em vista do bem, sem fazer propaganda do bem que fizermos. É aquilo que chamamos de retidão de intenção e que também é conhecido como sinceridade do amor.
Jesus conhece o coração do homem, sabe que quando fazemos o bem, logo somos tentados a buscar o nosso interesse pessoal, uma satisfação do nosso amor próprio e do egoísmo, mas nos ensina que se nos entregarmos a essa tentação esvaziaremos a nossa ação do seu conteúdo essencial: o bem.
O ser humano é tentado na carne, na hora de praticar o bem. Mas o cristão encontra em Jesus o exemplo para superar o estrelismo, o egoísmo em nome de algo maior.
Assim, o amor, que é comum aos homens, se torna caridade quando vivido na sua plenitude dentro do cristianismo. A prática da caridade, que no evangelho é entendida também como dar esmola, deve ser tão discreta que a mão direita não deve saber o que a esquerda faz.
Nos filmes de Robin Hood, herói mítico inglês, no meio das investidas do Xerife de Nottingham, encontrávamos Maid Marian que, ao sair das celebrações litúrgicas ia distribuindo moedas para os pobres, que viviam sob fogo cerrado dos impostos.
Hoje em dia, essa cena é impensável. Nós somos chamados a agir em conjunto com as instituições que promovem o ser humano, ao invés de manter as pessoas no círculo da miséria.
Mas isso não significa que não devamos praticar a caridade. Os miseráveis existem, e por isso somos chamados a viver a experiência das primeiras comunidades suprindo as suas necessidades com ações que os ajudem a superar a miséria para recuperar a própria dignidade.
O que é dito da caridade também pode ser dito da oração do jejum. A nossa oração deve ser tão discreta que deve ser feita no silêncio do nosso quarto e o nosso deve ser tão discreto que, ao invés de mostrarmos que estamos com fome, devemos mostrar muito mais a nossa alegria, sem que ninguém saiba que estamos jejuando.
Trata-se de escolher entre a satisfação do nosso amor próprio, do egoísmo, e a recompensa que o Pai nos dará. Parece que Jesus está nos propondo um caminho bem encadeado de ações que nos fazem visíveis aos olhos de Deus: quem não tiver a sua vida pessoal bem resolvida não poderá realizar gestos de caridade e não adianta nem jejuar, porque esse jejum jamais purificará o seu interior.
Com esses exemplos básicos, Jesus nos ensina a abandonar a tentação da vaidade e do amor próprio para entrar em comunhão com Deus. Agradeçamos a Jesus os seus preciosos ensinamentos e também a forma com que Ele no-los deu, que fazem com que o Evangelho seja um livro inesgotável e incomparável.