Evangelho do dia: Posturas humanas a respeito de Deus?

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Hoje, é costume algumas pessoas buscarem no passado as origens das próprias famílias. Alguns guardam as certidões de nascimento ou de casamento dos avós que vieram da Europa, e até conseguem tirar um passaporte europeu para facilitar achar um emprego por lá.

Numa época em que origem da família era muito importante, porque os judeus tinham ainda certa consciência de pertencerem a uma tribo daquelas que foram formadas após o exílio do Egito, Jesus questiona algumas crenças dos judeus quanto à origem do Messias.

No evangelho de hoje, de Marcos 12,35-37, Ele diz: “Como dizem os escribas que Cristo é o filho de Davi? Pois o mesmo Davi diz, inspirado pelo Espírito Santo: Disse o Senhor a meu Senhor: senta-te à minha direita, até que eu ponha os teus inimigos sob os teus pés. Ora, se o próprio Davi o chama Senhor, como então é ele seu filho?” E Marcos diz que “a grande multidão ouvia-o com satisfação”.

A família do Messias, para Jesus, não era nada do que os conterrâneos de estavam pensando. Eles pensavam não em alguém de origem divina para resolver os problemas do seu país, mas em um homem que tivesse uma autoridade tão significativa que reuniria todos os partidos de Israel em torno de um projeto comum. No entanto, Jesus pensava de outra forma. Para unir o povo, o projeto não era tanto político, mas de aceitação o projeto de Deus. Assim, o Messias não seria de origem humana, mas divina.

Nós também corremos o risco de assumirmos algumas posturas muito humanas a respeito de Deus. Nós ficamos muito ligados ao que os outros dizem ou ao que estamos acostumados a fazer no nosso dia a dia. Jesus pede apenas que sejamos capazes de romper com todo e qualquer círculo vicioso em relação a Deus para aceitar que Ele continua Senhor da nossa história. A prova disso são os milagres que acontecem todos os dias em nossas vidas.

Rezemos que pare tenhamos uma religião mais pura e voltada para Deus e que nossas famílias possam deixar para os seus filhos a herança de uma fé viva, que realmente satisfaça às necessidades espirituais dos nossos tempos.