27/06/2011 - 0:00 - UCDB
Fonte: Pró-Reitoria de Pastoral
Veja as últimas notícias da UCDB para você que está interessado em UCDB
O evangelho de hoje é tirado de Mateus 8,12-22. Mateus faz o seu relato com a finalidade de mostrar que Jesus não se encarnou para suscitar interesse, nem para se tornar um astro entre os seus seguidores.
Aliás, aos nossos olhos, seu comportamento parece pouco moderno. É um homem que suscita um grande fascínio, atrai as multidões, as pessoas. Aliás, as pessoas vão à sua procura, mas no momento em que busca o resultado, Ele não aceita o sucesso. O evangelho de hoje dá as razões para isto.
As palavras de Jesus dão uma resposta às exigências do homem e marcam a vida das pessoas: não são palavras vazias nem vãs, porque é a própria Palavra de Deus que fala. Na verdade, nós escutamos Jesus, o Verbo de Deus. Mas suas palavras são exigentes, provocam e exigem resposta. Quem não estiver disposto a sair de sua vidinha ordinária, não será capaz de ouvir o chamado de Jesus.
O evangelho fala de um escriba, que representa os sábios, instruídos nas Escrituras, capazes de reconhecer em Jesus alguém que vai além dos normais rabinos da época. Este diz que seguirá Jesus onde quer que Ele for. A proposta de Jesus irá abalar a consistência do seu projeto: “’As raposas têm suas tocas e as aves dos céus têm seus ninhos; mas o Filho do Homem não tem onde reclinar a cabeça”. Está aí dito tudo. Seguir Jesus leva a uma renúncia total dos bens desta terra. Esse escriba não saberá renunciar as suas seguranças para seguir Jesus que ninguém sabe se tinha sequer uma casa.
O evangelho fala também de um discípulo anônimo, isto é, alguém que já está seguindo Jesus. Reconhece em Jesus o Filho de Deus, aquele que não pode ser trocado por outra coisa, nem mesmo por uma situação familiar particularmente dolorosa: “‘Senhor, permite-me que primeiro eu vá sepultar meu pai’. Mas Jesus lhe respondeu: ‘Segue-me, e deixa que os mortos sepultem os seus mortos’”.
Nem o escriba nem o discípulo dão uma resposta positiva à proposta de Jesus. Eles não estão preparados para deixar a sua vida nem os seus velhos costumes.
Mas por mais que as palavras de Jesus sejam duras e, para o leitor desavisado, desprovidas de sentimentos em relação à família e aos seus entes queridos, Mateus, ao registrar essa cena, está querendo nos ensinar que para seguir Jesus não é preciso renunciar o mundo.
Seguir Jesus significa reconhecer no Salvador aquele que dá sentido a todo o nosso estilo de vida. Aceitar a lógica do Reino de Deus traz consigo a correta relação com as pessoas e com as coisas que muito frequentemente deixam de lado nossa vida de fé. Isto pode ser feito em casa, no trabalho, na comunidade, em qualquer lugar em que estivermos.
Vivamos hoje como seguidores de Jesus sem renunciar a nada, a não ser aquilo que nos impede de ser verdadeiros cristãos.
Prova será on-line no dia 29 de junho