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O evangelho de hoje, de Mateus 20,1-16a, pode provocar fortes críticas do Ministério Público ou das Centrais Sindicais contra um fazendeiro que sai várias vezes durante o dia para contratar operários para trabalhar na sua vinha. No fim, alguns trabalham o dia inteiro e, mesmo que os últimos trabalhem somente algumas poucas horas, no fim todos recebem pagamento igual.
O que Jesus conta poderia parecer uma demonstração clara de injustiça, mas é, ao contrário, uma lição de amor. O amor, quando brota do coração de Deus, vai sempre além dos critérios humanos, inclusive daqueles que parecem mais legítimos.
É, portanto, temerário querer avaliar a justiça divina partindo de critérios meramente humanos. A nós nos falta a medida perfeita do bem. Temos somente as migalhas da sabedoria e, a propósito da justiça, todos nós a desejamos, mas nem sempre estamos dispostos a praticá-la. Faltam-nos, sobretudo, as dimensões do amor. E a justiça sem amor é dura, tirana, irresponsável. Aliás, a justiça sem amor nem pode existir.
Quando analisamos o caso contado por Jesus, nós corremos o risco de nos tornar ciumentos por causa da bondade de Deus e queremos usá-la a partir dos critérios das leis que nós criamos.
Contudo, os evangelhos estão cheios de exemplos que colocam em xeque a nossa maneira de pensar. Por exemplo, o caso do irmão mais velho que não compreende os motivos da festa que o Pai oferece pelo retorno do filho mais novo. Também torna-se difícil compreender a sorte bendita do ladrão que, com uma simples oração e um arrependimento final, abre as portas do paraíso.
É muito fácil isso, alguns poderão dizer. Mas nada é impossível para Deus. Somente Ele sabe conjugar perfeitamente o verbo que existe entre o amor e a justiça. Já será muito para nós se conseguirmos fazer calar o desejo de vingança e os acessos de raiva quando exigimos justiça, sobretudo quando a ofensa é grande e provoca em nós dores lancinantes.
Não podemos nos esquecer de que Deus jamais aplicou a sua justiça conosco, mas sempre está usando de misericórdia quando nos diz: “sede misericordiosos como é misericordioso o vosso Pai que esta nos céus!”. É por isso que Jesus diz hoje, no evangelho: “Por acaso não tenho o direito de fazer o que quero com aquilo que me pertence? Ou estás com inveja, porque estou sendo bom?”
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