17/11/2010 - 0:00 - UCDB
Fonte: Pró-Reitoria de Pastoral
Veja as últimas notícias da UCDB para você que está interessado em UCDB
Hoje em dia, as empresas trabalham com valores para orientar a vida dos colaboradores em vista da consecução dos seus objetivos. Os colaboradores são treinados para trabalhar com agilidade, persistência, responsabilidade, entusiasmo e comprometimento, se quiser ser efetiva e gerar benefícios para a sociedade como um todo.
Jesus não gerenciou uma empresa, mas lidou com pessoas que se comprometeram com o seu projeto. A formação oferecida por Ele teve lições importantes, como a tirada do evangelho de hoje, de Lucas 19,11-28. Trata-se apenas de uma parábola, a parábola do senhor que ia viajar para receber o título de rei e entregou seu dinheiro para ser administrado pelos seus colaboradores. No seu retorno, o rei chamou os colaboradores para prestar contas do dinheiro que lhes havia confiado. Chamou três deles. Dois haviam feito multiplicar o dinheiro e um havia escondido o dinheiro num lenço. O resto da história, já conhecemos. Os que fizeram o dinheiro multiplicar foram chamados a ajudar o rei no seu governo. E o que escondeu o dinheiro foi chamado de mau e tudo lhe foi tirado.
Numa empresa, há três palavrinhas mágicas que podem servir para a interpretação do evangelho de hoje: inovação, pessoas e resultados. Para inovar, é preciso ter abertura e flexibilidade. Com as pessoas, é preciso criar um clima de motivação que leve ao crescimento do desempenho. Tudo isso junto, possibilita alcançar um resultado satisfatório em qualquer empreendimento.
Na parábola de hoje, nos vemos que o rei é inovador, porque confia seus bens aos colaboradores, sabe trabalhar com a motivação deles e ao mesmo tempo exige que eles produzam resultados proporcionais à sua confiança.
Num mundo competitivo como o nosso, não podemos esconder o produto que nos foi colocado à disposição. Também não podemos culpar o nosso “patrão”, devido ao medo que temos diante do jeito exigente dele.
Olhando a história da salvação, descobrimos que, por medo, nossos pais primordiais se esconderam do olhar de Deus: “Ouvi os teus passos no jardim: tive medo, porque estou nu e me escondi”. Mas hoje em dia pode acontecer que sejamos tomados por uma falsa modéstia que esconde os valores das graças recebidas e nos deixemos embriagar pela preguiça.
Nem o fato de que o patão nos confie as moedas deveria nos impressionar negativamente só porque ele irá receber um título real e queira reinar sobre nós, porque o seu Reino é um Reino de amor, de justiça e de paz. Esperemos não fazer parte do coro dos blasfemos que, voltados para Jesus, Filho de Deus, Redentor do mundo, grita: “Não queremos que Ele reine sobre nós!”. Ao contrário, devemos nos perguntar: “Se não reina o Senhor, quem reinará sobre nós?”. Se não esperamos pela vida eterna, vale a pena nos esforçar tanto para viver a vida breve que temos neste mundo? Quando perdemos de vista a eternidade, tudo nos torna amargo e pobre, tudo se torna difícil de viver e de suportar.
Os espaços para a ação do Espírito Santo de fato não têm limites se não aqueles que nós lhe impomos. Nós podemos fazer render muito os dons que Deus nos deu. Basta que nos motivemos e sejamos responsáveis pelas nossas ações. Se não damos às nossas ações do dia a dia a possibilidade de ir além do simplesmente material, torna-se fácil para nós esconder no lenço a nossa única moeda que recebemos na vida. Mas Jesus quer nos oferecer muito mais. Quer que reinemos com Ele neste mundo, multiplicando a vida que Deus nos concedeu.