Evangelho do dia: Uma sentença para nossa reflexão

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No evangelho de hoje, de João 8,21-30, Jesus pronuncia uma sentença que parece contradizer todo o evangelho, se não for analisada dentro do seu contesto.

No entanto, a sentença não é proferida para os seguidores de Jesus, mas para alguns fariseus que não quiseram acreditar nele. Eles questionavam Jesus sobre quem ele era. Jesus lhes falou que veio do Pai, mas que eles morreriam no seu pecado por não ter acreditado que ele é filho de Deus.

A sentença de Jesus é esta: “para onde eu vou, vós não podeis ir”.

Esta sentença, por outro lado, pode ser aplicada também aos cristãos. Ir para onde Jesus vai exige de nós um total afastamento do pecado. Aliás, o pior pecado que pode existir no mundo é a rejeição de Deus e daquele que ele enviou, Jesus Cristo.

Pelas palavras do evangelista, a rejeição a Jesus é o pecado maior que possa existir. Assim como Moisés, Jesus fala em nome de Deus.

No tempo em que Moisés era pastor do povo de Israel, havia escutado as seguintes palavras de Deus: “Eu-Sou me mandou a vós. O Senhor, o Deus dos vossos pais, o Deus de Abraão, o Deus de Isaac, o Deus de Jacó me mandou a vós” (Ex 3,14-15).

O nome de Deus havia sido suficiente para que os antepassados de Jesus tivessem confiança em Moisés, para fugir da escravidão e partir para a terra prometida.

Esse nome encerrava em si o poder e o dinamismo do Êxodo. Graças a esse nome, foi possível celebrar a Páscoa na qual não faltou nem maná nem água. Em nome do Deus de Israel, Deus mandou as codornizes e as serpentes para salvar o seu povo da morte.

Evocando esse nome, que é o seu nome, Jesus lembra toda a caminhada percorrida desde a escravidão e a liberdade, para que, por primeiro os hebreus, depois nós, possamos realizar o mesmo caminho da morte para a vida.

Nós só precisamos acreditar, neste momento, que Jesus é o enviado de Deus para nos salvar. Dessa forma, poderemos ir para onde ele vai. Comecemos a segui-lo no mistério pascal que passa pela paixão e morte na cruz, mas que nos leva a experimentar já aqui na terra a ressurreição.

(Fonte: La Chiesa)