04/04/2010 - 0:00 - UCDB
Fonte: Pró-reitoria de Pastoral
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Neste domingo, o mais importante do ano litúrgico, nós celebramos com vigor e orgulho a vitória de Jesus sobre a morte. A mensagem cristã do mistério pascal se volta toda para a atividade e para a figura de Jesus. Pedro, no discurso que profere na casa de Cornélio (cf. Atos 10), coloca em destaque como o mistério da paixão – morte e ressurreição de Jesus Cristo – foi experimentado e vivido por todo o grupo dos discípulos e por aqueles que representam a comunidade como fundamento e raiz da sua existência e da sua fé.
A primeira comunidade sente muito forte a necessidade e a oportunidade de anunciar esse mistério de liberdade que é estendido e oferecido aos “vivos e aos mortos” e para Ele converge toda a revelação bíblica. Todo esse discurso pode ser também um clichê apropriado para a evangelização: seria útil, indispensável e essencial partir dos fatos, das expectativas das pessoas, dos problemas dos destinatários, das dificuldades que assolam a sociedade. Mas também é preciso confrontar essas “prioridades” com o conteúdo do anúncio pascal que é: anúncio de paz, de libertação, de justiça, de salvação, tornando Jesus Cristo morto e ressuscitado protagonista de nossa história e do nosso tempo.
Sob essa guia move-se São Paulo. Em poucas palavras (1 Cor 5,6-8), Paulo remonta uma antiga tradição: segundo o costume hebraico, na vigília da Páscoa a casa devia ser limpa de todo e qualquer pedaço ou fragmento de pão fermentado, porque podia ser considerado impuro (Ex 12,15), enquanto que o “novo” pão pascal deveria ser ázimo. Daqui a ideia de que a celebração da Páscoa somente podia ser possível apenas depois de uma purificação seja da casa seja da pessoa. Os cristãos são agora um novo organismo, mas correm o risco de ser sempre infectados e contagiados pelo passado de “velhas criaturas”... Então, à nova libertação trazida e realizada por Jesus Cristo se deve unir uma atenção moral contínua, que se torna antídoto contra um eventual contágio.
É essa a maneira mais eficaz de celebrar da Páscoa cristã: Jesus Cristo, o cordeiro imolato, rodeado por cristãos purificados pela nova Páscoa.
A versão que João (20,1-9) faz da ressurreição do Senhor Jesus é proposta pela Igreja para a liturgia de hoje. No relato, João não descreve o momento da Ressurreição que engloba e supera a pura experimentação humana e histórica, mas o testemunho da irrupção de Jesus Cristo Ressuscitado na vida dos discípulos e na da Igreja.
Tudo aquilo que os discípulos viram se torna um sinal para quem está aberto e disponível à fé: “Ele viu e acreditou” (Jo 20,8), depois que as mulheres haviam avisado que o corpo de Jesus não estava no sepulcro. A partir desse momento é necessário olhar não somente com os olhos do corpo, mas, sobretudo, com os olhos da fé, as faixas que estão no chão ou dispostas num lugar à parte. Então, descobre-se que a realidade do sepulcro é captada no seu significado mais profundo e mais penetrante que se torna apenas o pontapé inicial do “crer” que vem depois. O discípulo que Jesus amava se torna crente – do tipo que sabe já “compreender a Escritura”, ver a finalidade e a unidade de todo o plano de salvação de Deus.
Então, a fé abre as portas para um novo dia, uma nova história, uma nova dimensão, uma nova eternidade, um início que encontra seu fundamento e o seu fulcro no Mistério Pascal. É este o dia ou o momento no qual se vence ou se derrota definitivamente o mal e a morte e os seres humanos podem finalmente encontrar paz e alegria no Senhor Ressuscitado.
Que todos tenham uma Santa Páscoa de paz e de amor a todos!
Fonte: qumran2.net
Evento será realizado em sala de aula no bloco A
Inscrições podem ser feitas na internet, basta acessar ucdb.br/possaude